quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Humberto Espíndola

Humberto Augusto Miranda Espíndola (Campo Grande, 4 de abril de 1943) é um artista plástico brasileiro, criador e difusor do tema bovinocultura.
Bacharel em jornalismo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica do Paraná, Curitiba, em 1965, começa a pintar um ano antes. Também atua no meio teatral e literário universitário.
Painel no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
Espíndola apresenta o tema Bovinocultura em 1967, no IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em Brasília. No mesmo ano é co-fundador da Associação Mato-Grossense de Arte, em Campo Grande, onde atua até 1972. Em 1973 participa do projeto e criação do Museu de Arte e Cultura Popular (que dirige até 1982) e colabora com o Museu Rondon, ambos da Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. Em 1974 cria o mural externo, em pintura, granito e mármore, no Palácio Paiaguás, sede do governo estadual de Mato Grosso, e em 1983 é co-fundador do Centro de Cultura Referencial de Mato Grosso do Sul. Em 1979 colabora com o livro Artes Plásticas no Centro-Oeste, de Aline Figueiredo, que em 1980 ganha o Prêmio Gonzaga Duque, da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Em 1986 é nomeado primeiro secretário de cultura de Mato Grosso do Sul, permanecendo no cargo até 1990. Em 1996 cria o monumento à Cabeça de Boi, em ferro e aço, com 8 m de altura, na Praça Cuiabá, Campo Grande.
Humberto Espíndola realizou várias exposições, no Brasil e em outros países. Ganha vários prêmios, incluindo o prêmio de melhor do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte. Possui obras em museus como o Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e a Pinacoteca do Estado de São Paulo.

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Délio e Delinha


José Pompeu e Delanira Gonçalves Pompeu são naturais de Vista Alegre, no município de Maracaju-MS.

Primos e também Marido e Mulher, iniciaram a Carreira Artística Profissional na década de 1950, na mesma época em que haviam se casado. Cantando, de início, em festas e programas de auditório, foram conquistando uma rápida e merecida popularidade, que incentivou o casal a seguir em frente com maiores desafios.

Pouco tempo depois de se unirem pelos Laços Matrimoniais, Délio e Delinha trocaram o Interior do Mato Grosso do Sul (na época, Maracaju-MS ainda pertencia ao Estado do Mato Grosso) pela Capital Paulista, onde atuaram nas Rádios "Bandeirantes" e "Nove de Julho".

Delinha contava apenas 19 anos de idade, na época. A mudança para São Paulo-SP foi incentivada pelo Compositor Sul Matogrossense Zacarias Mourão e, além de atuarem nas duas emissoras de rádio já mencionadas, a dupla assinou contrato com a gravadora Califórnia, na qual foi gravado no dia 26/03/1959 o primeiro Disco 78 RPM (TC-1.045), tendo no Lado A o Rasqueado "Malvada" (Delinha - Délio) e no Lado B o Rasqueado "Cidades Irmãs" (Délio - Delinha).

No ano seguinte, no dia 29/03/1960, a dupla gravou também na California o segundo Disco 78 RPM (TC-1.119), tendo no Lado A o Rasqueado "Prenda Querida" (Delinha - Délio) e no Lado B a Guarânia "Meu Cigarro" (Délio - Delinha).

Délio e Delinha foram ganhando fama a nível nacional e eram conhecidos carinhosamente pelo grande público como o "Casal de Onças do Mato Grosso" (na época, o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul eram ainda o mesmo Estado).

A dupla gravou suas Músicas em diversos ritmos de Raiz, tais como o Maxixe Matogrossense, a Cana Verde, o Arrasta-Pé e, principalmente, o Rasqueado. A quase totalidade do repertório de Délio e Delinha é de composições próprias, tendo eventualmente parceria com Compositores tais como Constantino Gallardi, Joaquim Marcondes e o Comendador Biguá.

Délio e Delinha também participaram da gravação da trilha sonora do primeiro filme estrelado pela inesquecível Dupla Tonico e Tinoco: "Lá No Meu Sertão" de Eduardo Llorente, em 1961.

vida de paulo simoes


a música, poesia e histórias de Paulo Simões

O compositor, cantor e violeiro Paulo Simões está lançando o CD Vida Bela Vida (Sauá Discos), uma coletânea reunindol sucessos como Comitiva Esperança, Sonhos Guaranis, Trem do Pantanal, Velhos Amigos e outros, além da própria faixa-título. Contando com diversas participações especiais, de parceiros e amigos como Amir Sater, Tetê e Alzira Espíndola, Guilherme Rondon, Dino Rocha e outros, este CD pode ser adquirido através do endereço http://www.letralivre.com.br/produtos/pedidos.html.
Diz-se que o verdadeiro artista deixa marcas, inconfundíveis, no tempo em que viveu. E raras vezes uma canção traduziu tão bem o espírito de uma época, como Trem do Pantanal, composta em 1975 por Geraldo Roca e Paulo Simões, capaz até hoje de emocionar intérpretes e platéias ao redor do planeta.
Nascido no Rio de Janeiro, mas criado em Campo Grande, capital do futuro Mato Grosso do Sul, Paulo Simões é um dos mais importantes compositores de sua geração, que introduziu sonoridades e ritmos fronteiriços (daquela parte do mapa em que o Brasil foi Paraguai), no caldeirão musical brasileiro.
Alternando vivências distintas, do litoral ao interior, sua obra reflete essa diversidade, do caipira ao sertanejo, incorporando os ritmos ternários da Bacia do Prata, à música urbana brasileira e internacional. Gravadas por astros como Sergio Reis, Ivan Lins, Sandy e Junior e Renato Teixeira, suas canções são ouvidas no Brasil e exterior, destacando-se Comitiva Esperança (com o habitual parceiro Almir Sater), da trilha da novela Pantanal, sucesso em muitos países.
Dedicando-se à produção independente, lançou por selo próprio (Sauá Discos) três CDs, reunidos agora na coletânea “Vida Bela Vida”. Participa ainda do projeto Chalana de Prata, ao lado de artistas igualmente populares regionalmente, como Celito Espíndola, Dino Rocha e Guilherme Rondon, cujo trabalho está registrado em dois CDs.
Trabalhando sozinho, ou em múltiplas e talentosas parcerias, Paulo Simões é incontestavelmente, uma obrigatória referência musical e poética, quando voltamos nossa atenção para a cultura do Brasil central, e suas ramificações fronteiriças espalhadas por toda a América do Sul. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Geraldo Espíndola, o Menestrel Pantaneiro

Rodrigo Teixeira
1
Rodrigo Teixeira · Campo Grande, MS
22/8/2006 · 152 · 24
 
Compositor símbolo do Centro-Oeste, ele fala 'porta' com sotaque típico, tem discurso ecológico e, com sua alma hippie, avisa: "A arte de Campo Grande, Cuiabá e Goiânia ainda será descoberta"

Geraldo Espíndola é o compositor símbolo do Centro-Oeste brasileiro. Ele fala 'porta' e 'porteira' com o sotaque típico do povo que nasceu nestas bandas do Brasil de dentro. Não gosta de cidade grande, sustenta um afinado discurso ecológico e tem um jeito carinhoso que cativa todo mundo. O modo geraldiano de compor, aliás, mudou o rumo da música feita nestes confins do Brasil e fundou uma linha na MPB que até hoje não foi analisada devidamente. Geraldo prefere criar e se esquiva de uma auto-análise. Mantém a essência hippie do paz e amor e segue firme na missão de menestrel pantaneiro. “A arte de Campo Grande, Cuiabá e Goiânia ainda será descoberta. Vai chegar o momento do Centro-Oeste”, prevê com sua voz gravíssima.

Com centenas de composições, convive sem conflito com o fato de a maioria dos artistas de fora de Mato Grosso do Sul pedir sempre a mesma música para gravar: Vida Cigana. Canção feita para a esposa na década de 70, Vida Cigana se transformou em sucesso de rodinhas de violão e repertório obrigatório de barzinhos antes de cair nas graças de artistas populares, como José Augusto e Gian & Giovani. O grupo Raça Negra fez uma versão pagode para a música e vendeu um milhão de cópias. A balada de letra romântica e harmonia simples já conta com mais de 60 regravações e não reflete a obra de Geraldo, cheia de melodias densas, harmonias sofisticadas e letras inspiradas. “Toco quantas vezes me pedirem Vida Cigana. Não tenho bode nenhum quanto a isso”, ameniza Geraldo.

A maior intérprete do compositor campo-grandense é sem dúvida a irmã Tetê Espíndola. Ela gravou pela primeira vez Vida Cigana em seu disco Piraritã, de 1980, e mergulhou no universo geraldiano, registrando pérolas como É Necessário, Vôos Claros, Rosa em Pedra Dura, Quyquyho, Vento da Noite, Deixei Meu Matão, Lava de Blues... Tetê e Geraldo foram muito influenciados pelo mais velho dos irmãos Espíndola, Humberto, o artista plástico conhecido como O Pintor do Boi. Incentivado pelo irmão, de quem pegava letras para fazer as primeiras músicas, Geraldo praticamente fundou a cena roqueira de Campo Grande no final da década de 60. Criou o histórico grupo Bizarros, Fetos e Pára-quedistas de Alfa Centauro com seu amigo Paulo Simões e outros companheiros. Com isso, influenciou toda uma geração de músicos da pacata Campo Grande.

Geraldo também é personagem de muitas histórias. Na década de 70, quando morava no Rio de Janeiro e cantava no grupo Lodo, apareceu careca para a surpresa da maioria esmagadora de cabeludos. “Comecei a minha carreira assim no Rio. Totalmente sem cabelo e tocando craviola de 12 cordas no tempo áureo dos cabeludos e da guitarra elétrica”, lembra. Alguns anos depois, quando fundou o Lírio Selvagem com os irmãos Tetê, Alzira e Celito acabou finalmente tendo suas composições registradas em disco. Metade do repertório do LP Tetê e O Lírio Selvagem lançado pela Philips/Polygram em 1978 é de Geraldo, que só então começou a ser divulgado nacionalmente. Suas músicas já tinham forte apelo ecológico. No clipe da música Bem-te-vi, produzido pelo Fantástico, os quatro irmãos aparecem com collants imitando bichos do Pantanal, pintados pelo artista plástico cuiabano João Sebastião da Costa. Os mesmos que eles vestem na capa do disco do grupo.

A poesia de Geraldo retrata o olhar universal do homem pantaneiro, transformando a sua obra em um verdadeiro manifesto pró-natureza. Um exemplo é Pureza, a única parceria dele com o conterrâneo e amigo Almir Sater: "Você que já brincou numa árvore, ali nos matos, sabe que o prazer de uma fruta é um doce fato, se ligue nas crianças que tem no homem a esperança, de saber a natureza coisa real, e que nunca nunca nos fez mal sempre ajudou, até quem só desprezou". Justamente o teor ecológico de suas canções que acabou levando Geraldo Espíndola para a França em dezembro de 2005. Ao ser convidado para fazer um despretensioso voz e violão para abrir uma palestra sobre desenvolvimento sustentável na Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande, em 2003, Geraldo carimbou seu passaporte para a Europa sem saber. Na platéia estava o professor de economia da cultuada universidade Sorbonne, Léo Dayan. Diretor da ONG francesa Apreis, Dayan se encantou com Geraldo. Resultado, após dois anos de articulação, o ecologista cumpriu a promessa de levar o músico campo-grandense à Europa. Geraldo fez uma série de nove concertos na França: começando pela Ile d’Oléron, passando por Fouras, Ile de Ré, Tonnay-Boutonne, Jonzac, Saint-Georges-de-Didonne, Saint-Savinien e concluindo com dois shows em Paris, ambos no anfiteatro Richelieu, da Sorbonne. Para Dayan, “Geraldo é uma lenda da música de Mato Grosso do Sul e de toda a região Sudoeste do Brasil”.

As palavras de Dayan provavelmente passarão em branco no Brasil, afinal, a música sul-mato-grossense é desprezada e desconhecida na grande mídia, mas surtiram efeito em solo francês. A primeira viagem de Geraldo para a Europa vai virar o DVD Um Brasileiro na França, com imagens da apresentação do compositor na Sorbonne. A iniciativa partiu da própria universidade. "Pedi para desligar o som e toquei acústico e cantando sem microfone mesmo. Aquele lugar é mágico e passou muita coisa na minha cabeça", conta. A empolgação de Dayan em torno da obra de Geraldo e o apoio do Ministério da Cultura francês e da própria Sorbonne forçaram o músico a encarar a realidade da falta de incentivo para a cultura no país, ou no estado. Para viajar, acabou tendo de contar com a ajuda financeira de amigos para comprar uma única passagem, pois foi só ele e violão para a França. “Não tive apoio do governo nem estadual e nem federal. Vendi alguns boizinhos dos amigos para poder viajar”, relata sem constrangimento.

Com a experiência na França, Geraldo passa por um novo surto criativo. Relembrando tudo o que viu e as pessoas que conviveu, as últimas músicas do compositor estão saindo com letras em quatro línguas. “Estou misturando português, espanhol, francês e guarani. As canções estão bem bonitas”, anima-se o compositor de 54 anos. Além do DVD francês, pretende lançar o CD ao vivo Intimidade Acústica, em que o próprio Geraldo gravou pela primeira vez Vida Cigana. Mas o compositor prefere ficar longe de previsões e seguir, como gosta de dizer, o ritmo do rio. “Vivo todo dia como se fosse o último da minha vida. Não dá para ficar pensando no futuro”, finaliza.

A Vida de Tete espindola


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Tetê Espíndola
Nascimento 11 de Março de 1954 (57 anos)
Campo Grande
Nacionalidade Brasil brasileira
Teresinha Maria Miranda Espíndola, mais conhecida como Tetê Espíndola (Campo Grande, 11 de março de 1954) é uma cantora, compositora e instrumentista brasileira. Atualmente mora no bairro de Moema, em São Paulo.
As características de sua carreira estão na multiplicidade, com incursões pela vanguarda, o pioneirismo regionalista, fusões do acústico com o eletrônico e experimentalismos com pássaros.

Índice

[esconder]

[editar] Biografia

Tetê é irmã de Humberto Espíndola, artista plástico de renome internacional, e foi por ele e a mãe Alba Miranda onde desenvolveu os dons artísticos entre as sessões de teatro que a mãe e Humberto encenavam, e/ou, entre as audições de rádio no período vespertino. Porém, a veia artística não vem só daí, pois na família havia primos-trigêmeos que se apresentavam em grandes orquestras, inclusive para Getúlio Vargas. Mas o primeiro a aprender a tocar violão em casa foi o irmão Sérgio, que ensinou Geraldo, e Geraldo ensinou Tetê.
Era evidente que rolava muito som entre os irmãos em casa, já que todos tocam e cantam, e em 1968, Tetê, Geraldo, Celito e Alzira formam o grupo LuzAzul e passam a executar concertos na via Cuiabá-Campo Grande. E foi na via-crucis, no meio do caminho, num local muito especial para Tetê chamado Chapada dos Guimarães, ao lado de passarinhos e do Véu da Noiva que Tetê descobre a sua voz aguda…
O LuzAzul decide ir para São Paulo. Vão primeiro Celito e Tetê, e começam a tocar em barzinhos e abrir espaço para os outros irmãos se transferirem de vez para São Paulo, quando fecham contrato com a Phonogram/Phillips, e a pedidos da própria gravadora, mudam o nome LuzAzul para Tetê e o Lirio Selvagem, lançando assim seu primeiro trabalho em 1978. Em 1979, Tetê o e Lirio Selvagem se desfaz, a gravadora decide lançar Tetê em um disco solo - Piraretã.
Em 1981, ao lado de Arrigo Barnabé, defendem a valsa Londrina(de Arrigo) no MPB Shell, que recebe o prêmio de melhor arranjo por Cláudio Leal. Em 1982, entre muitas experimentações sonoras feitas através de sessões com Stenio Mendes e Theophil Mayer (inclusive exibido pela TV Cultura em um especial), surge o disco Pássaros na garganta, aclamado pela crítica, e onde a estética do som é batizada por Arrigo Barnabé de sertanejo lisérgico. Em 1985, Tetê vence o Festival dos Festivais da Rede Globo com a canção Escrito nas estrelas, composição do marido Arnaldo Black com Carlos Rennó, que bate recordes de execução e vendagens, dando-lhe o disco de ouro. Em 1986, como parte do conograma da gravadora Barkley/BMG Ariola, segue-se o disco Gaiola, onde executam uma gigantesca turnê pelo Brasil.
Tetê dubla, atua e faz a trilha sonora do filme Mônica e a Sereia do Rio (de Maurício de Sousa) dirigido por Walter Hugo Khouri; e faz uma participação no curta Caramujo-Flor, de Joel Pizzini, junto com Almir Sater, Aracy Balabanian, Ney Matogrosso e outros artistas de Mato Grosso do Sul. Como representante brasileira, participa do Festival The concert voice, em Roma (1988). Em 1989, canta no New Morning (Paris) e no Festival de Jazz da Bélgica. Com uma bolsa da Fundação Vitae, em conjunto com Marta Catunda e Humberto Espíndola vão rumo á Amazônia numa expedição em busca do canto do uirapuru, onde gravam uma série de sons de pássaros, que depois de catalogado, e parte das experimentações musicais feitas por Tetê na Amazônia, gera o disco Ouvir/Birds (1991).
Tetê passa alguns anos se dedicando à família e em 1998, junto com a irmã Alzira, gravam o disco acústico só de canções regionais/tradicionais - Anahí, sucesso de venda e de público nos concertos que lotaram uma agenda de 2 anos. Quando então, aparece o excelente disco Vozvoixvoice, dirigido e produzido por Phillipe Kadosch, no qual o conceito aplica-se em fazer da voz, todos os instrumentos (baixo, bateria, guitarra, sopros, etc.). Em 2003, Tetê participa em dois projetos junto com a família - Espíndola canta e O que virou, e em 2005 lança o disco Zencinema só com canções de Arnaldo Black.
Em 2006 e 2007 participou de várias apresentações com a soprano Adélia Issa. Ainda em 2007 lança o disco Evaporar completamente produzido no Mato Grosso do Sul, desde a escolha de músicos à finalização do trabalho.

[editar] Prêmios

[editar] Discografia

  • Tetê e o Lirio selvagem (Phillips, 1978)
  • Piraretã (Phillips, 1980)
  • Londrina/Canção dos vagalumes (Som Livre, 1981)
  • Pássaros na garganta (Som da gente, 1982)
  • Escrito nas estrelas (Single Barkley/BMG Ariola, 1985)
  • Gaiola (Single Barkley/BMG Ariola, 1986)
  • Ouvir - Birds (LuzAzul, 1991)
  • Só Tetê (Camerati, 1994)
  • Canção do amor (LuzAzul, 1995)
  • Anahi, com Alzira Espíndola (Dabliu, 1998)
  • Vozvoixvoice (LuzAzul, 2002)
  • Fiandeiras do Pantanal, com Raquel Naveira (LuzAzul, 2002)
  • O que virou — Canções de Jerry Espíndola e Marcello Pettengill (LuzAzul, 2003)
  • Espíndola canta (LuzAzul, 2003/2004)
  • Zencinema (LuzAzul, 2005)
  • Babelyes (MCD World Music/LuzAzul, 2006)
  • eVAporAR (Tratore/LuzAzul, 2007)

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vida de Elena meireles






Instrumentista brasileira nascida na fazenda Jararaca, que ficava na estrada Boiadeira, que liga Campo Grande ao porto 15 do Rio Paraná, divisa com o estado de São Paulo, considerada a melhor violeira do mundo. Filha do boiadeiro paraguaio Ovídio Pereira da Silva e da mato-grossense Ramona Vaz Meirelles, apesar de nascer e crescer em uma época em que a viola era um instrumento proibido às mulheres, seu mundo não existiria sem esse instrumento. Cresceu rodeada de peões, comitivas e violeiros pantaneiros. Aprendeu a tocar sozinha e escondida, fugiu de casa aos 15 anos e teve o primeiro filho aos 17, de seu primeiro marido, com quem teve mais dois e viveu 8 anos. Começou a surpreender desde jovem quando chegava e tocava até de graça em festas, bailes e bares de Mato Grosso do Sul e no interior oeste do Estado de São Paulo. Sua música seguiu os ritmos de sua região, com influências paraguaias, entre eles, chamamé, rasqueado e polca. Reconhecida pelos sul-mato-grossenses como expressão das raízes e da cultura da região, começou a ser divulgada fora de sua região, quando foi apresentada (1980) por Inezita Barroso no seu programa Mutirão, na rádio USP de São Paulo, tocando ao vivo e mostrando seu trabalho. Depois a mesma Inezita apresentou a violeira em seu programa de música caipira Viola, minha viola, na TV Cultura. Depois dessas oportunidades, gravou uma fita, mas não recebeu atenção dos diversos meios de comunicação onde tentou a divulgação. Na década seguinte (1992), teve nova oportunidade ao se apresentar ao lado de Inezita Barroso e da dupla Pena Branca e Xavantinho, no Teatro do Sesc, em São Paulo. Porém, como muitas vezes acontece, o reconhecimento da violeira veio de fora do Brasil. Tudo começou quando um seu sobrinho enviou para uma revista especializada norte-americana, uma fita com gravações feitas de maneira praticamente amadora. Assim, no ano seguinte, aos 69 anos, a revista estadunidense Guitar Player a escolheu como Instrumentista Revelação do Ano, com o Prêmio Spotlight (1993). Foi um extraordinário prêmio par quem injustamente antes não obtivera o merecido reconhecimento em seu país, talvez por puro preconceito contra sua arte. Desde então passou a ser observada e valorizada por onde passou, tendo inclusive, no mesmo ano participado de um grande show em São Paulo com a dupla Tonico e Tinoco e, nos anos seguintes, gravou vários cd's. Aos 81 anos, esteve internada na Santa Casa de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul, por dez dias com pneumonia crônica nos dois pulmões, recebeu alta e, dois dias depois, morreu em casa, vítima de uma parada cárdio-respiratória, tendo seu corpo sido velado no cemitério Parque das Paineiras, na avenida Tamandaré. Ela tocava também bandolim, rebeca e violão, mas foi com a viola que ela consagrou-se e revelou os encantos musicais de uma região de um país musical, dedicando a vida inteira ao som do mato e traduzindo a alma do pantaneiro. Casou uma vez e depois viveu com vários parceiros seguidamente e teve onze filhos.

Almir sater


[editar] Biografia

Nascido em Mato Grosso do Sul, desde os doze anos já tocava viola e gostava do mato e sons da natureza; Aos vinte anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, mas desistiu da carreira de advogado, tornando-se um músico, motivado inicialmente por escutar no Largo do Machado uma dupla tocando viola caipira . Então dedicou-se ao seu estudo, tendo Tião Carreiro como mestre. Retornou à Campo Grande onde formou a dupla Lupe e Lampião com um amigo, adotando Lupe como nome artístico. Em 1979 foi para São Paulo, onde iniciou um trabalho com sua conterrânea Tetê Espíndola, acompanhando também a cantora Diana Pequeno.[1] Gravou seu primeiro disco em 1980, contando com a participação de Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e Paulo Simões. Fez parte da geração Prata da Casa, no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense. Seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo e sua música é descrita como folk ,agrega uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas,o folk norte-americano e com influências das culturas fronteiriças do seu estado,como a música paraguaia e andina;e o resultado é único,ao mesmo tempo reflete traços populares e eruditos,despertando atenção de públicos diversos.

[editar] Comitiva Esperança

Juntamente com o parceiro Paulo Simões, com o maestro e violinista Zé Gomes, o jornalista, crítico e pesquisador Zuza Homem de Mello e do fotógrafo Raimundo Alves Filho, inicou uma comitiva que explorou o Pantanal, realizando registros fotográficos, pesquisando o modo de vida dos pantaneiros enquanto percorriam o Paiaguás, Nhecolândia, Piquiri, São Lourenço e Abobral. Esse projeto resultou em um documentário co-produzido por Almir Sater e Paulo Simões.[2]

[editar] Carreira na televisão

Estreou como ator na telenovela Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa, pela Rede Manchete em 1990. Na trama, Almir deu muito o que falar por sua interpretação como Trindade, um peão misterioso que afirmava ter um pacto com o demônio. Em 1991 protagonizou, ao lado de Ingra Liberato a novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, de Marcos Caruso, pela mesma emissora.
Paralelamente, Almir estabeleceu ricas parcerias com Renato Teixeira e Paulo Simões criando verdadeiras pérolas do cancioneiro regional-popular. Com Sérgio Reis, o artista fez parcerias somente em novelas.
Exímio violeiro, seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo, a utilização de diversas afinações diferentes e o resgate da música regional. Suas influências vão de Al Jarreau e Beatles às músicas mineira, andina e caipira/sertaneja tradicionais. Também toca violão e charango. Os personagens vividos pelo ator possuíam essas características, como pode ser visto em O rei do gado, de Benedito Ruy Barbosa, pela Rede Globo, em 1996, onde seu personagem fazia dupla com o personagem de Sérgio Reis, "Pirilampo & Saracura", tendo gravado, inclusive, músicas na trilha sonora da novela.
Sua última aparição como ator foi na telenovela Bicho do Mato, de Bosco Brasil e Cristianne Fridman, pela Rede Record, em que interpretava a personagem Mariano. Foi um remake da telenovela homônima, de Chico de Assis e Renato Corrêa e Castro exibida pela Rede Globo em 1972.[3]
.[4]

[editar] Telenovelas - trabalhos como ator

[editar] Cinema

- Almir Sater participou antes das novelas de dois trabalhos no cinema como ator.
  • As Bellas de Billings,[1987].de Ozualdo Candeias como protagonista.
  • Caramujo flor [1988] participação no curta metragem de Joel Pizzini.
Trajetória de Almir Sater:' Com 30 anos de carreira sólida e 10 discos solos gravados, Almir tornou-se um dos responsáveis pelo resgate da viola de 10 cordas ,sendo reinventada,acrescentando um toque mais sofisticado ao instrumento,estilos como blues ,rock, embalados pela pegada do folk. O seu último CD,7 Sinais,lançado em 2006/07- traz um repertório eclético e inovador e conta com participações especiais dos sanfoneiros Dominguinhos e Luiz Carlos Borges; Sua trajetória musical sempre foi marcada por grandes feitos: -Em 1986, juntamente com o parceiro Paulo Simões,o maestro e violinista Zé Gomes, o jornalista, crítico e pesquisador Zuza Homem de Mello e o fotógrafo Raimundo Alves Filho, iniciaram uma comitiva que explorou o Pantanal,realizando registros fotográficos, pesquisando o modo de vida dos pantaneiros , de maneira poética, da qual resultou em um documentário co-produzido pelo próprio artista e Paulo Simões. -Em 1988,escolhido por unaminidade pela crítica, para participar da abertura do Free Jazz Festival em 1989 ao lado de nomes sagrados da música mundial. -Dono de um talento ímpar e versatilidade, como cantor,compositor,violeiro e instrumentista ímpar,um dos artistas mais completos da música brasileira ,único a cantar em Nashville, USA,no mesmo ano , considerado o berço da música country americana, -Nos anos 90,Almir também ganhou dois prêmios Sharp,(Atual Premio de Musica Brasileira),com as canções: "Moura" (instrumental) como melhor música e instrumentista e "Tocando em Frente",esta considerada um "hino" da música brasileira; -Em (2010),o artista,foi um dos convidados para o especial e gravação do DVD "Emoções Sertanejas",em homenagem aos 50 anos de carreira de Roberto Carlos. Sua interpretação para a canção,"O Quintal do Vizinho", contida e suave, recebeu diversos elogios,sendo apontada por vários internautas como a mais bonita apresentação. -Além da multiplicidade de talentos,o artista é um defensor e preservacionista do meio ambiente,sempre engajado em projetos de cunho socioambiental,estimulando à conscientização e "atitudes verdes" para a melhoria do planeta bem como a preservação dos costumes do homem pantaneiro; -O Músico possui um carisma inexplicável, a sua personalidade simples,faz com que arraste multidões em suas apresentações,sendo um dos artistas mais requisitados,para abrilhantar shows,eventos culturais e corporativos por todo o país;

[editar] Discografia

[editar] Álbuns

[editar] Coletâneas Especiais

[editar] Participações

                      musicas de almir

Tocando em Frente Almir Sater
Ando devagar por que já tive pressa
E levo esse sorriso por que já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Nada sei.

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou.

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Sebastião salgado

Vida e Obra de Sebastião Salgado


Sebastião Salgado é mineiro formado em Economia em Vitória(ES), pós-graduou-se na USP em São Paulo, trabalhou no Ministério da Economia e durante a ditadura militar foi exilado na França. Morando em Paris, fez doutorado em economia e foi trabalhar na Organização Internacional do Café como consultor no controle de plantações na África.
Descobriu as possibilidades da fotografia estudando os cafezais africanos, pois através dela poderia retratar melhor a realidade econômica ao invés de utilizar-se de textos e estatísticas.
Ao desistir da carreira de economista, dedicou-se totalmente a fotografia e se tornou, em pouco tempo, o mais prestigiado fotógrafo prestigiado atual.
O fotógrafo prioriza fotografar em preto e branco, enfatizando principalmente a condição humana e social, dedicando-se um longo tempo no mesmo tema.
Sebastião Salgado foi fotojornalista em Paris. Ele fotografou imagens sobre a Revolução dos Cravos em Portugal e a Guerra Civil em Angola e Moçambique. Outro fato importante foi retratar os refugiados da seca e o trabalho de médicos e enfermeiros voluntários na região africana de Sahel da Etiópia, Sudão, Chade e Mali.
A fotografia seguir é trágica e ao mesmo tempo bela retratando refugiados do enclave bósnio de Biack no campo de Turanj na Kraina em 1994.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

vida e obra de ziraldo alves


O criador do Menino Maluquinho, do Pererê e de outros sucessos
infantis fala sobre sua passagem pela revista O Cruzeiro

Cascavel (Paraná) - Ziraldo Alves Pinto. Esse menino de Caratinga, Minas Gerais, está completando 72 aninhos neste 24 de outubro. Maluquinho como só ele, já é uma dessas pessoas acima do bem e do mal. Fala o que quer, quando quer, sobre quem quer que seja. Por exemplo, pelo recém-finado OPasquim21, percebe-se que não anda contente com o amigo de longa data que hoje governa o país. Bateu no neo-liberal e hoje bate no exquerdista.
Flicts (1969)
Turma do Pererê (1973)
O Planeta Lilás (1979)
O Menino Maluquinho (1980)
As Anedotinhas do Bichinho da Maçã (1994)
Uma Historinha sem um Sentido (1994)
Tia Nota Dez (1995)
O Menino do Rio Doce (1997)
O Calcanhar de Aquiles (1998)
Outro como eu Só Daqui a Mil Anos (1999)
500 Anos de Anedotas de Português (2000)
Rolando de Rir (2001)

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/biography/1660818-ziraldo-vida-obra/#ixzz1U4MdrzE7

Candido portinari

Algumas obras famosas:

Retrato de Euclides da Cunha

[1944]
Desenho a nanquim bico-de-pena e nanquim pincel/papel
16 x 13cm
Rio de Janeiro, RJ
Assinada na metade inferior direita "Portinari". Sem data

Coleção particular, São Paulo,SP

. OBSERVAÇÃO:

Original para ilustração, reproduzido à página 19, do livro "Perfil de Euclydes e Outros Perfis", de Gilberto Freyre.

Os Retirantes - óleo sobre tela - Coleção Museu de Arte de São Paulo Assis  - 1944
Retirantes, Série Retirantes

1944
Painel a óleo/tela
190 x 180cm
Petrópolis, RJ
Assinada e datada no canto inferior direito "PORTINARI 944"

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo,SP 

Retrato de Carlos Gomes - primeiro desenho de Portinari, datado de 1914
Retrato de Carlos Gomes - primeiro desenho de Portinari, datado de 1914

Cândido Portinari – Biografia Sucinta

 
Cândido Portinari

 PORTINARI, em Auto-retrato de 1956
Candido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodoswki, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária de desde criança manifestou sua vocação artística. Aos quinze anos de idade foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Vai para Paris, onde permanece durante todo o ano de 1930. Longe de sua pátria, saudoso de sua gente, Portinari decide, ao voltar para o Brasil em 1931, retratar nas suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista a antiacadêmica moderna. Em 1935 obtém seu primeiro reconhecimento no exterior, a Segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, Estados Unidos, com uma tela de grandes proporções intitulada CAFÉ, retratando uma cena de colheita típica de sua região de origem.

Candido Portinari